quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Muito à vontade


Desculpem a falta de assiduidade. Sei que tenho um sido um bloggeiro muito ausente e isso é imperdoável para o meu público fiel de duas pessoas que acompanham este blog religiosamente. Hoje quero falar de duas ou três coisas que adoro: o verão, a juventude e a boa música.

Bom vejamos, enquanto apanho do meu computador - que mais parece um Maverick V8 a álcool de tão obsoleto, velho e avariado - para tentar ter o simples prazer de baixar algumas faixas na web, observo um casal de jovens do outro lado da rua que poderia muito bem ser o retrato de todas as coisas boas da vida.

Ele deve ter uns 17 ou 18 anos no máximo, é magro, alto e bonito e tem aquela cara de bom moço. Ela aparenta 15 ou 16, é jovem alegre e simplesmente linda. Estão ambos queimados de praia, com a pele dourada e com os cabelos de acastanhados para claros, daquela maneira que só essa época do ano, com o sol de verão, é possível ficar, abençoados pelas praias que o Rio de Janeiro proporciona para os privilegiados que podem ficar expostos ao sol durante toda a semana. Estão rindo um para o outro e exalando uma alegria simplesmente irritante: daquelas que a gente precisa ter no fundo do coração para aguentar os credores, os discípulos da auto-ajuda e os Super Pops da Luciana (que a mulher insiste em assistir) sem chutar o balde ou tacar fogo no apartamento.

Mas hoje eu também estou rindo à toa (haha!). Além de tê-los tido de inspiração para a coluna, achei essa pérola da música brasileira que é pra se escutar de joelhos. Aliás, "muito à vontade" é uma expressão antiga que o pessoal da música usava para definir aquela massagem que o THC (não confundir com FHC) faz nos nossos neurônios e que nos permite ficar rindo um para o outro e exalando uma alegria simplesmente irritante: daquelas que a gente precisa ter no fundo do coração para fazer um monte de coisas.

Ouçam sem moderação!

Um comentário: